Apenas Medite!

Ponha os Pés Para Baixo

Não tenham medo. Fiquem firmes e vejam o livramento que o Senhor lhes trará hoje. Êxodo 14:13, NVI.

Eu estava na Baía Hanauma, no Havaí, quando aconteceu. Durante meu segundo ano na universidade, decidi ser estudante-missionária e lecionar no Pacífico Sul por um ano. Foi assim que me encontrei no Havaí para um cursinho de cinco dias de orientação para professores. Após três dias intensivos de treinamento e seminários, nossos instrutores finalmente nos concederam algum tempo de lazer.

Não sendo uma nadadora muito vigorosa, permaneci perto da praia, enquanto meus amigos se aventuravam em águas mais profundas. Eu me estiquei sobre a água, boiando com o rosto voltado para o sol, enquanto permitia que as ondulações suaves da água clarinha me embalassem, num estado de sonolenta bem-aventurança. Após flutuar sossegadamente, comecei a nadar em linha paralela com a praia, mas isso me cansou, e logo decidi voltar para a terra seca. Olhei para a praia. Parecia terrivelmente distante.

Meu progresso era lento e cansativo. O pânico se instalou e crescia a cada nova braçada. A praia parecia tão distante, que eu não ousava baixar os pés para avaliar a profundidade da água, com medo daquilo que viesse a descobrir. Mas sabia que não poderia continuar nadando para sempre. Tinha que fazer alguma coisa – qualquer coisa – rapidamente. Eu me debati na água por mais alguns desesperados momentos antes que o pânico sobrepujasse meu orgulho, e gritei: “Socorro! Socorro!” Ninguém se mexeu. Ai, não! pensei, horrorizada, eles estão experimentando aquela coisa de mentalidade da multidão – ninguém faz nada porque todos acham que alguém vai fazer.
Gritei de novo. Desta vez, uma das minhas amigas entendeu meu dilema e gritou: “Grace, coloque já os pés para baixo!” Mecanicamente segui as ordens dela e baixei os pés. Um doce alívio me inundou, quando fiquei em pé dentro de 1,20 m de água.

Com que freqüência tenho ficado desalentada e temerosa, sentindo-me abandonada por todos, inclusive por Deus! Mas, invariavalmente, quando clamo por socorro, Deus está ali, orientando-me gentilmente a colocar os pés para baixo e entender que Ele não me chama para ficar com água acima da cabeça. Tampouco me chama para cumprir alguma tarefa que eu não consiga realizar com Sua ajuda. Preciso tão-somente confiar nEle e ter fé suficiente em Suas promessas para sentir que dá pé.

AGrace Brown.

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