Medite no amor

Kahlil Gibran afirma que uma velha canção árabe começa assim: “Só Deus e eu mesmo podemos saber o que se passa em meu coração.” – Cartas de Amor do Profeta, p. 25. Ele mesmo reconhece que tão importante como Deus e ele saberem do que se passava em seu coração era a pessoa amada também saber. Mas como a pessoa amada saberá se a gente não expressar? Por isso, é fundamental que além de sentir; a pessoa que ama aprenda a transmitir seu amor. Li recentemente uma linda história de amor narrada por Laura Jeanne Allen sobre como seus avôs, que foram casados por mais de meio século, expressavam diariamente o que sentiam um pelo outro. “Eles escreviam a palavra ‘SHMILY’ pela casa inteira, nos lugares mais estranhos. Assim que um deles descobria a palavra, tinha de escrevê-la em outro local.”Ela afirma que não havia limites para os lugares em que a expressão aparecia. Eles escreviam “SHMILY” em pedaços de papel e os colocava nas latas de mantimentos que se encontravam na cozinha e na dispensa. Até mesmo dentro de bolos e pudins para que o outro encontrasse enquanto se deliciava com essas saborosas sobremesas. Eles colocavam esses pedaços de papel no painel ou no banco do carro, às vezes pregados com durex no volante. Também colocavam dentro dos sapatos ou embaixo dos travesseiros. Escreviam com sua própria mão nas janelas da casa que se encontravam embaçada ou no espelho do banheiro depois que alguém tomava banho e o mesmo ficava cheio de vapor. Isso se tornou um estilo de vida no casamento deles. Havia dedicação e constância. Eles aprenderam a falar do profundo amor que sentiam um pelo outro por meio de uma linda e significativa forma de expressão diária - SHMILY.Laura conta que eles ficavam de mãos dadas sempre que podiam. Beijavam-se quando se esbarravam na cozinha apertada. Gostavam de estar e de fazer juntos várias coisas, até mesmo palavras cruzadas. Eram gratos a Deus por terem a companhia um do outro. Várias vezes sua avó falou baixinho no seu ouvido sobre como admirava e achava seu avô um velho atraente, que parecia estar mais bonito a cada dia que passava. Então, ela concluía dizendo: “que tinha sabido escolher bem.”Apesar de toda a luz desse amor havia uma nuvem de tristeza que insistia em pairar sobre a vida deles. Há dez anos, sua avó soube que tinha câncer no seio. Quando ele também soube pegou em sua mão e nunca mais a soltou. Eles percorreram junto, todo esse íngreme caminho de sofrimentos físico, emocional e psicológico. Por sua vez, ele procurava encher sua vida de amor, cuidando dela com muito carinho e afeição. Ficava ao seu lado durante horas intermináveis. Muitas vezes orava a Deus pedindo que os ajudassem. Ele chegou a pintar o quarto de um amarelo que transmitia a vida, a luz e o brilho do sol. Somente para dizer o quanto era intenso seu amor por ela. Assim, ela chegava a se sentir a doente mais feliz do mundo.Um dia, porém, o que todos temiam aconteceu: sua avó morreu. Então, seu avô pediu que colocassem a misteriosa palavra escrita em cor amarela nas fitas, nas coroas de flores e no caixão, em todo o funeral... E ali, pela última vez, todos os familiares se uniram em torno da amada vovó, a fim de prestarem sua última homenagem de amor e gratidão pela sua existência. Nesse momento, ele se aproximou trêmulo e abatido. Sabia que havia chegado a hora de prosseguir sozinho, respirou profundamente e com a voz embargada pelas lágrimas cantou para a mulher da sua vida a linda canção SHMILY.De fato eles se amaram com toda a intensidade dos seus corações, de uma forma profunda e verdadeira. E assim, ao longo de toda sua vida, juntos eles viveram S-H-M-I-L-Y, que significa: See how much I love you (Veja o quanto eu amo você). (James e Shirley Dobson, Momentos com Deus – Devocional para casais, p. 16-18).Medite: “Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo.Quem ama a esposa a si mesmo se ama.” – Efésios 5:28.De coração a coração:1) Em sua opinião, como um casal pode alcançar esse nível de amor e expressão, em sua convivência conjugal, ao longo de décadas?2) Como temos expressado, diariamente, o amor que sentimos um pelo o outro?3) O que posso fazer a mais para que SHMILY seja uma realidade em nosso casamento?

É tempo de recomeçar

Nunca é tarde para recomeçar!
Recomeçar a VIVER…
Recomeçar a SORRIR…
Recomeçar a SONHAR…
Recomeçar a ser FELIZ…
Recomeçar significa voltar a AMAR!
Todo recomeço merece sonhos…
Pois sem eles a vida não tem brilho!
Recomeçar necessita de metas…
Pois sem elas os sonhos não terão alicerces!
Recomeçar é traçar planos, estabelecer prioridades…
E correr os riscos!
Recomeçar é não ter medo de escolher o caminho!
Recomeçar é não ter medo de amar e não ser amado!
Recomeçar é tentar, lutar e aprender…
Com o que deu errado em tua jornada


autor desconhecido

É tempo de mudança

DA CULPA AO PERDÃO

PR. ALEJANDRO BULLÓN
Alguma vez você já se sentiu rejeitado, condenado e sem direito a se aproximar de
Jesus? Alguma vez você já sentiu que apesar de todos os bens materiais que
conseguiu na vida, continua havendo uma sensação de vazio lá dentro do seu
coração que não o deixa ser feliz? Então sua vida tem muito a ver com a história de
Zaqueu.
Vamos ver o que podemos aprender com a história de Zaqueu: "E, tendo Jesus
entrado em Jericó, ia passando. E eis que havia ali um varão chamado Zaqueu; e era
este um chefe dos publicanos, e era rico. E procurava ver quem era Jesus, e não
podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura. E, correndo adiante,
subiu a uma figueira brava para o ver; porque havia de passar por ali. E, quando
Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce
depressa, porque hoje me convêm pousar em tua casa" (Lucas 19:1-5).
Zaqueu é apresentado na Bíblia como o símbolo do homem pecador. A história diz
que Zaqueu era rico. Homens ricos geralmente usam roupas finas e caras. É
interessante notar que às vezes, o pecador é simbolizado na Bíblia por um homem
pobre, mal vestido ou quase nu, como no caso do filho pródigo, que voltou para
casa vestindo trapos de imundícia e cheirando a porcos. Como na história de Maria
Madalena, que foi arrastada pelos cabelos, seminua; ou como no caso do cego de
nascença que ficava na porta do templo pedindo esmolas.
Já outras vezes, o pecador é simbolizado por um homem rico e bem vestido, como
no caso de Naamã, o capitão do exército sírio, que por trás das suas vestes finas e
condecorações gloriosas, escondia a miséria de uma lepra consumindo sua vida.
Este também era o caso de Zaqueu, que aparentemente tinha tudo para ser feliz:
usava roupas finas, seus filhos talvez estudassem em escolas particulares de
primeira classe, morava numa das mansões da cidade de Jericó, mas não era feliz.
Sentia-se rejeitado pela sociedade e atormentado pela própria consciência.
Por que o pecador às vezes é simbolizado por um homem pobre e quase nu, e
outras por alguém rico e bem vestido? O que Deus está querendo nos dizer?

Sabe, o que Ele está dizendo é que perante Seus olhos, todos os seres humanos são
pecadores, com apenas uma diferença: uns são flagrados em seu erro, e seu pecado
é descoberto e exposto para vergonha pública. Dedos acusadores levantam-se
muitas vezes para apontá-los e condená-los; estão nus. Outros, perante os olhos
divinos, são tão pecadores como os primeiros, mas a lepra do pecado está oculta
embaixo de uma vestimenta brilhante. Podem passar pela vida sem que nunca
ninguém descubra seu erro. Estão vestindo roupas finas, mas infelizes, desprezados,
vazios por dentro, como Zaqueu.
Esses dois grupos precisam de Jesus. Precisam entender que aos olhos da igreja e da
sociedade podem ser diferentes, mas são iguais aos olhos de Deus.
Zaqueu procurava ver "quem era Jesus". Estava certo. Vivia uma vida de pecado,
usava para proveito próprio a posição que o governo tinha lhe confiado, mas estava
certo em sua busca. Cristianismo não é moralismo. A primeira preocupação não
deveria ser o que farei ou o que não farei e sim quem é Jesus, a quem amarei e a
quem servirei?
No caminho de Damasco, a primeira pergunta de São Paulo não foi: "Que queres
que eu faça?", mas sim, "Quem és, Senhor?"
Cristianismo nunca foi apenas o cumprimento dos quês da igreja, mas acima de tudo
fidelidade ao Quem, àquEle que nos achou, nos amou, nos perdoou, e nos
transformou.
Zaqueu estava certo. Procurava saber quem era Jesus, mas não podia, por causa da
"multidão". Qual era a grande dificuldade? Sua pequena estatura? Seu peso? Sua
raça? Sua posição social? O que fazia sentir-se indigno? Sua pouca ou muita
instrução? Não, isso nunca foi problema para chegar a Jesus. Era a multidão que não
lhe permitia aproximar-se do único capaz de preencher-lhe o coração e transformarlhe
a vida.
Você já percebeu que durante o ministério de Cristo na Terra, as multidões sempre
atrapalharam a obra da redenção? Lembra do paralítico que um dia precisava
desesperadamente de Jesus para ser curado, mas não podia chegar perto dEle por
causa da multidão? Os amigos tiveram que fazer um buraco no teto para que
pudesse chegar ao Salvador.

Já leu a história da mulher com fluxo de sangue que teve que abrir caminho em
meio à multidão para poder tocar o manto de Cristo?
Consegue imaginar o cego que precisava de visão, clamando em alta voz: "... Jesus,
Filho de Davi, tem misericórdia de mim!" (Lucas 18:38).
As multidões ordenaram-lhe guardar silêncio, mas ele continuou gritando.
As multidões sempre se consideraram fiscais da salvação. "Você não, porque é
leproso." "Você sim, passe adiante." "Você espere, está imundo; primeiro tome um
banho, está cheirando mal, para chegar perto de Jesus."
Certo dia a multidão queria impedir que as crianças se aproximassem do Mestre.
Então a voz doce de Jesus disse: "... Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais;
porque dos tais é o reino de Deus" (Marcos 10:14).
Multidões! Deus tenha misericórdia das multidões que andam com uma vara de
medir a fé e dizer quem é digno e quem não é. Que Deus nos ajude a mostrar ao
mundo quem é Jesus. Que Deus nos ensine a tomar a mão dos que se sentem
derrotados, tristes, frustrados e rejeitados. Que nos mostre como segurar o braço
dos que pensam que nunca conseguirão. Que nos ajude a amá-los, a compreendêlos,
a levá-los a Jesus.
Zaqueu sentia-se indigno e pecador. Porém, a multidão o fez sentir-se mais indigno
e pecador ainda. Então o homem rico de Jericó pensou que o melhor seria ficar de
fora e limitar-se a olhar a Jesus de longe. Foi aí que caiu no erro de muitos hoje, que
pensam que cristianismo é seguir a Jesus de longe.
Cristianismo, meu amigo, é um relacionamento diário e permanente com Jesus. Não
importa se a multidão dificulta sua aproximação dEle. Faça como o paralítico, que
entrou pelo teto, ou como a mulher com o fluxo de sangue, que abriu espaço entre
a multidão, ou então clame como o cego: "Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de
mim!" Mas não fique em cima da árvore. Não existem desculpas para ficar longe, na
passividade de um sicômoro ou na indiferença de quem vê Jesus passar.
Cristianismo é compromisso com Jesus, é envolvimento com Sua igreja, é a
participação de Sua missão. Cristianismo nunca foi contemplar Jesus comodamente
de um sicômoro, enquanto se ruminam mágoas e ressentimentos e se é consumido
por lembranças tristes que a multidão imprimiu dolorosamente em sua vida. Não,
cristianismo é chegar perto de Jesus, apesar da multidão.
Jesus atravessava a cidade seguido pela multidão, e lá estava Zaqueu em cima de
um sicômoro. Por que será que os homens estão sempre plantando árvores para
ficar em cima vendo Jesus passar? Zaqueu estava em cima de um sicômoro. Mas
podia ter sido uma árvore de preconceitos, temores ou dúvidas. Quem sabe uma
árvore de mágoas, ressentimentos ou simplesmente de orgulho e incredulidade.
Tanto faz.
De repente, Jesus parou e, em meio a tanta gente, olhou para Zaqueu: "... Zaqueu,
desce depressa, porque hoje me convêm pousar em tua casa" (Lucas 19:5).
Tenho tentado muitas vezes imaginar aquela cena. Imagino Zaqueu olhando de um
lado para outro, desconcertado, querendo que Jesus estivesse falando com ele, mas
com medo de receber uma resposta negativa ao perguntar:
- É comigo, Senhor? Não está equivocado? Eu sou Zaqueu, um ladrão, um homem
injusto. É comigo que vai jantar esta noite?
Você já pensou, meu amigo, que naquele dia havia milhares de pessoas junto a
Jesus? Centenas de homens e mulheres que lutavam um contra o outro por um
lugar especial perto de Jesus? Cada um sentindo-se com mais direito do que o outro,
e de repente o Mestre olha para quem não esperava nada, para quem se sentia
indigno, insignificante, perdido entre os galhos de um sicômoro, e o chama pelo
nome: "Zaqueu"? Assim são as coisas com Jesus. Para Ele não existem multidões,
existem pessoas. Para Ele você não é apenas um produto ou um número na
estatística. Você é gente. Ele se preocupa com você, com seus sentimentos, com
seus sonhos, alegrias e tristezas. Ele chora com sua dor e se alegra com seus
sorrisos. Você é tão importante para Ele que um dia Ele deixou tudo e veio a este
mundo para buscá-lo. Ele sabe seu nome, onde você mora, conhece suas
ansiedades, sabe que você pode estar tentando ser um homem resistente ao apelo
divino, dizendo para si: "Eu só quero vê-Lo de longe." Mas na realidade você é um
homem solitário e sincero que precisa dEle como todo ser humano.

- É comigo, Senhor? - você pergunta.
- Sim, é com você, Henrique, Isaura, Francisco, Aparecida, é com você mesmo.
- Mas, Senhor! Eu fumo, bebo, tenho uma vida irregular, eu sou indigno.
- Não importa, é com você. É por você que Eu vim, Eu o amo não pelo que você faz
ou deixa de fazer, mas pelo que você é: um ser humano maravilhoso, apenas isso.
Nunca terei palavras para agradecer a Deus, porque um dia, entre bilhões de seres
humanos, o Senhor Jesus Se deteve no caminho da vida e olhou para mim. Não me
achou em cima de uma árvore. Achou-me atrás de um púlpito, com uma régua na
mão para medir o "cristianismo" da minha igreja sem medo de apontar o pecado
"pelo nome", pregando sobre o amor de Deus sem jamais tê-lo experimentado,
vestindo a imagem de um jovem pastor muito preocupado em descobrir os
"pecados ocultos", para levar à igreja a reforma.
E o Senhor Jesus, com sua voz mansa disse: - Filho, desce dessa árvore de apóstolo
da reforma. Quero ficar com você, quero que Me conheça de verdade e
compreenda que as coisas não são assim como você pensa. Quero que saiba que
não é com o regulamento numa mão e a vara na outra que se reformam as vidas.
A maneira como Jesus tratou a Zaqueu é a maneira como Ele quer levar Sua igreja
ao reavivamento e à reforma completa.
Veja que Jesus não olhou para Zaqueu e disse:
- Zaqueu, você é um ladrão. O que você faz é uma vergonha. Estou disposto a lhe
dar o privilégio de Me hospedar, mas antes quero que você confesse publicamente
que é ladrão, e que devolva o dinheiro que roubou dos outros.
Eu imagino que era isso que a multidão esperava. Mas Jesus não fez nada disso.
Havia algo de maravilhoso com Ele. Os pecadores se sentiam amados na Sua
presença. Quer dizer que Ele apoiava a vida errada dos homens? Não. Claro que
não. A conduta deles é que mudava. Mas Ele nunca os fazia sentir mais pecadores
do que já eram. Não precisava agredi-los para inspirar neles o desejo de mudança de
vida.
E agora vejamos a atitude de Zaqueu. O que foi que ele fez? Será que ele desceu do
sicômoro e disse para Jesus:
- Obrigado, Senhor, por lembrar-Te de mim. Eu nunca poderei agradecer-Te pelo
fato de olhares para mim em meio a tanta gente. Agora fica um pouco aqui. Deixame
ir e arrumar a casa. As coisas não estão bem por lá. Deixa-me fazer uma faxina
completa e preparar uma refeição gostosa, então voltarei e iremos juntos.
Foi isso que Zaqueu falou? Não. Por que não? Porque se pudéssemos deixar Jesus
aguardando para primeiro limpar a casa não precisaríamos dEle.
Aqui está envolvido o maravilhoso princípio da justificação, que é pela fé, e da
santificação, que também é pela fé. É Ele que limpa a vida. É Ele que coloca as coisas
em ordem. É Ele que corrige, que conserta, que purifica. Por favor, nunca
cometamos a tolice de agradecer a Deus pelo perdão e depois, sozinhos, tentemos
colocar a vida em ordem.
O que foi que Zaqueu fez? Acho que ele colocou sua mão na mão de Jesus. Era um
homem solitário, rejeitado pela sociedade e que precisava que alguém lhe
restaurasse o senso de humanidade. Ali estava uma mão estendida com amor, e ele
agarrou-se a ela, apesar de ser um publicano, um ladrão, um pecador.
A multidão não ficou contente com a atitude de Jesus. "Ah!", pensaram no coração,
"Ele parecia ser o Messias, mas em lugar de condenar os pecadores, recebe-os,
junta-Se a eles e não os repreende".

Você já pensou que enquanto Jesus esteve na Terra nunca condenou os derrotados,
os marginais, os ladrões ou as prostitutas? As poucas vezes que Ele condenou
alguém, foram aqueles que achavam que estava tudo bem com eles, aqueles que se
consideravam os guardiões da fé, a norma de vida de seus semelhantes.
Graças a Deus porque Jesus veio a este mundo buscar os perdidos, os derrotados, os
cansados de lutar sem nunca conseguir. Se você é um deles, alegre-se e louve o
nome do Senhor, porque foi por você que Ele veio.
Ele o está procurando, não importa onde você esteja, onde se escondeu, ou para
onde fugiu. Um dia a voz de Jesus o alcançará e o chamará pelo seu nome, e talvez
isso esteja acontecendo neste momento.
Você está tremendo em cima do sicômoro da vida, sente-se rejeitado, triste,
frustrado? Sente que nunca vai conseguir? Ouça a voz do Mestre dizendo:
- Filho, Eu amo você. Desça daí, quero ficar com você, quero entrar em sua vida e
colocar cada coisa em seu lugar. Quero limpar o que tem que ser limpo, consertar o
que tem de ser consertado.
Olhe agora para Zaqueu. Nenhuma palavra. Apenas caminhavam juntos, de mãos
dadas, e aquele laço de amor penetrou na vida daquele publicano. Enquanto
caminhavam juntos, a vida de Jesus, Seu poder, Sua vitória, transmitiu-se para o
pobre homem, gerando nele o desejo de mudar de vida. Depois Zaqueu levantou-se
e disse: "... Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma
coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado" (Lucas 19:8).
Este é o resultado inevitável de estar em Jesus e andar com Ele. É impossível andar
com Jesus e conviver com o pecado ao mesmo tempo. Essas coisas não combinam.

Que dia extraordinário aquele! No início, Zaqueu não passava de um homem
solitário, frustrado e vazio, apesar de sua invejável posição social e financeira. No
fim do dia era um homem feliz, completo, transformado em Cristo.
Zaqueu conhecia os dois lados da vida. O desespero e a esperança, o vazio e a
plenitude, a tristeza e a alegria, a condenação e o perdão, a derrota e a vitória.
Certamente Zaqueu podia dizer: "Jesus, Tu és a Minha Vida".
ORAÇÃO
Senhor, muito obrigado. Obrigado porque um dia me achou em cima da árvore que
plantei para permanecer indiferente a Ti. Obrigado porque neste momento posso
ouvir Tua voz me chamando pessoalmente. Estou respondendo ao Teu chamado.
Abençoa-me sempre. Em nome de Jesus. Amém.

Discurso de Barack Obama

Ao reafirmar a grandeza de nossa nação, compreendemos que ela não é um presente. Deve ser conquistada. Nossa jornada nunca foi aquela de atalhos ou de quem se contenta com pouco. Nunca foi o caminho dos fracos de coração – daqueles que preferem o ócio ao trabalho, ou buscam apenas os prazeres da fortuna e da fama. Foi, isto sim, o dos que correm risco, dos que fazem, dos que executam coisas – alguns célebres, mas mais comumente homens e mulheres obscuros em seu trabalho, que nos levaram pelo longo e áspero caminho da prosperidade e da liberdade. Por nós eles empacotaram suas pequenas posses mundanas e viajaram pelos oceanos em busca de uma nova vida.

Milhões de pessoas em todo o mundo acompanharam a transmissão ao vivo do primeiro discurso de Obama
Por nós eles trabalharam em condições ruins e se estabeleceram no oeste; suportaram o estalar do chicote e araram a terra dura. Por nós eles lutaram e morreram em lugares como Concord e Gettysburg; na Normandia e em Khe Sahn.
A partir de hoje, temos que nos levantar, sacudir a poeira e começar de novo o trabalho de refazer a América.
Mais de uma vez esses homens e mulheres lutaram, se sacrificaram e trabalharam até que suas mãos estivessem em carne viva para que nós vivêssemos uma vida melhor. Eles viram uma América maior que a soma de nossas ambições individuais; maior que todas as diferenças de nascença ou riqueza ou partido. Esta é a jornada que continuamos hoje. Ainda somos a nação mais próspera e mais poderosa na face da Terra. Nossos trabalhadores não são menos produtivos que no início desta crise. Nossas mentes não são menos inventivas, nossos bens e serviços não são menos necessários que na semana passada, no mês passado ou no ano passado. Nossa capacidade permanece intacta. O tempo de deixar as coisas como estão, ou de proteger pequenos interesses e adiar decisões desagradáveis, esse tempo certamente passou. A partir de hoje, temos que nos levantar, sacudir a poeira e começar de novo o trabalho de refazer a América. Para onde quer que olhemos, há trabalho a fazer. O estado da economia exige ação, ousada e rápida, e nós vamos agir – não apenas para criar novos empregos, mas para estabelecer novas fundações para o crescimento. Construiremos as estradas e pontes, as linhas elétricas e digitais que alimentam nosso comércio e nos unem. Recolocaremos a ciência em seu devido lugar, e usaremos as maravilhas da tecnologia para elevar a qualidade de nosso atendimento de saúde e reduzir seu custo. Usaremos o sol, os ventos e o solo para abastecer nossos carros e fazer funcionar nossas fábricas. E transformaremos nossas escolas e universidades para atender as exigências de uma nova era. Podemos fazer tudo isso. E faremos tudo isso.
Ora, alguns questionam a escala de nossas ambições. Sugerem que nosso sistema não pode tolerar planos demais. Suas memórias são curtas. Pois esquecem o que este país já fez; o que homens e mulheres livres podem obter quando a imaginação se une a um objetivo comum, e a necessidade à coragem. O que os cínicos não conseguem entender é que o chão moveu-se sob seus pés. Que as disputas políticas vazias que nos consumiram por tanto tempo não servem mais. A questão que se deve perguntar hoje não é se o governo é grande demais ou pequeno demais, mas se funciona – se ajuda as famílias a encontrar empregos com salários decentes, assistência que possam pagar, aposentadorias dignas. Onde a resposta for sim, nossa intenção é seguir em frente. Onde a resposta for não, os programas serão cortados. E aqueles que administram os dólares da população terão que assumir suas responsabilidades: gastar com sabedoria, mudar os maus hábitos, fazer negócios à luz do dia. Porque só então poderemos restaurar a confiança que é vital entre um povo e seu governo.


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